fevereiro 28, 2014

C*zices ou confissões alheias de inferioridade


A maior decepção que tive depois de certa idade foi notar que algumas pessoas próximas estavam torcendo para que eu fosse infeliz.  Pode parecer mesmo ingenuidade, mas eu lembro das minhas amigas de infância e adolescência e nosso relacionamento: podíamos querer as mesmas coisas, sentir ciúme de outras, mas existia esse acordo silencioso de respeito mútuo e carinho, mesmo quando brigávamos.
Foi somente há alguns anos atrás que me deparei com a inveja. Parece post clichê de Facebook, mas é a mais pura verdade. Acredito que tenha demorado muito para que eu pudesse identificar gente assim porque nunca tinha visto isso antes. Pode ser pura inocência minha, mas fico pasma.
Hoje em dia me deparo com gente que passava muito tempo comigo e simplesmente resolveu me ignorar porque casei, ou ainda, gente que se dizia absurdamente próxima e que não apareceu na minha comemoração de despedida antes de me mudar de país ou sequer me desejou felicidades. Nada. Nem um simulacro de civilidade.

Será mesmo que as pessoas estão se tornando tão infelizes que não podem mais estar em contato com a alegria de outras?

Que assustador.


2 comentários:

rnt disse...

Aa Cauks me mandou o link desse seu post... acho que por causa de uma história q contei pra ela. E lendo, fiz a mesma associação que ela a respeito de uma pessoa querida, uma amiga minha de muitos anos.
É triste mas é vdd: poucas sao as pessoas que ficam felizes com a felicidd alheia. Parece que a galera só tem empatia pelas outras coisas. :/

Leela disse...

Isso é muito triste mesmo e, no meu caso, surpreendente pois veio dos lugares onde eu menos esperava. Por outro lado, é bom pra filtrar o que não presta.