dezembro 07, 2009

False alarm

Ainda não é desta vez que teremos um black russian por aqui.

(sim, eu adoro infâmia!)

novembro 27, 2009

Living and learning


Passado o momento criancice, quando eu achava que na vida não se renuncia nada, eu sigo por novos caminhos. De novo. Só pra quem ainda não sabe: viver é isso. Cada vez que escolho algo, renuncio outra coisa. Está tudo certo.  Hoje em dia ficamos assim então: 

Leela.s.f. 1 Ex-estudante de psicologia. 2 Pós-graduanda de tradução. 3 Estudante de russo e professora de inglês. 4 Pedagoga. 5 Portadora da síndrome da resistência à insulina. 6 Dona do Fritz e do Romeu. 7 Namorada do Dima e talvez mãe do filho dele.




BTW, o que são patinhos bebês? Nem tem algo mais fofo...

setembro 01, 2009

Dúvida


Questão: Demorei 29 anos para achar a pessoa que me ama apesar de tudo e nada e com quem eu gostaria de passar pelo menos mais 29 anos. Demorei 30 anos para achar a profissão que me faz feliz. Agora tenho que escolher entre os dois. Leidemurphydesgraçadafromhell.

Hino nacional sob medida para políticos do Brasil




(VIA)

Ela só errou de não cantar no senado. Afinal, você também não lembra o hino inteiro mesmo...

agosto 01, 2009

Das coisas belas da vida

Toda vez que escrevo uma monografia aprendo uns três palavrões novos.


Fuck off, you twat!

Nasceu!


A minha monografia de pós-graduação sobre Assédio Moral nasceu essa madrugada pesando exatas 52 páginas. Mãe e filha passam bem. O namorado, exausto de fazer gráficos para mim, nem tanto...

Cansando os ouvidos alheios com: Dance Dance Dance - Lykke Li

julho 30, 2009

Eu pensei em usar diafragma. Parece legal, tipo um pratinho flexível, não incomoda, dispensa os hormônios da pílula que me deixam gorda, louca e com dor de cabeça(é só comigo?), mas e pra tirar a coisa? Não tem mecanismo, nem saca-rolhas, nem cordinha... é no dedote mesmo. Eu já me vejo acenando pras enfermeiras no hospital e ouvindo:"veio tirar?"

julho 16, 2009

Os diálogos de Leela e Dima - parte I

- Eu descobri que esse cara que trabalha comigo morou na Rússia por um tempo. - eu digo.
- Ah é, em que cidade? - Dima pergunta.
- SP.- respondo naturalmente.
- São Paulo? - começa ele com o estranhamento.
- É, São Paulo na Rússia. Dã. - debocho.
-Hã? Não estou entendendo nada. - Dima pergunta realmente confuso.
- São Petersburgo, né?- esclareço o óbvio.

Detalhe: um doce para quem souber onde ele nasceu e morou. Sim, em São Petersburgo!!

Eu achava que esse tipo de diálogo só era possível com meu namorado. Ele é cheio de explicações e quer saber de tudo nos mínimos detalhes, caso contrário ele logo alega que não está entendendo absolutamente nada. Eu que pensava ser essa uma característica inerente só a ele, descubro hoje através do blog Garotinha Ruiva que isso é tipicamente russo! Achei tão engraçado que resolvi explicar o que a Lu - do blog que citei - escreveu a respeito desta tão peculiar maneira de ser do russo para ele. Uma hora depois e 5765287659879 perguntas respondidas numa riqueza de detalhes surreal, ele disse: "Aaahhhh, agora entendi, também você conta tudo atropelando os fatos..."

Uma certeza: nós vamos ser o casal de velhinhos mais insuportáveis EVER.

junho 22, 2009

Amor dos anos 90

Lá pelos idos de 94, uma das minhas grandes paixões era Smashing Pumpkins, e consequentemente, não desconsiderando a importância dos outros membros da banda, Billy Corgan. Um dia passeando em Milão, Mr.Corgan encontrou uns fãs, eles lhe deram um violão e, assim do nada, ele cantou umas musiquinhas. Mesmo anos depois, eu senti uma invejinha dos italianos...






junho 20, 2009

Enquanto isso...

...minutos antes da prova de Psicologia:

- Tô me sentindo tão socrática hoje... só sei que nada sei.

- Eu tô me sentindo bem sofista: vou escrever e escrever até convencer a professora de que está certo.

junho 09, 2009

HELP!

Provas na faculdade, trabalhos para escrever, muitos exercícios para corrigir, monografia em andamento, pós-graduação, projeto de pesquisa e um concurso daqui a duas semanas.

Se eu sobreviver a isso, nada mais é difícil.

maio 22, 2009

A raça é: HUMANA

Fim de aula e eu estou parada junto à porta esperando uma amiga. De repente uma de minhas so-called colegas de classe se aproxima e pergunta:

- Você viu a Jaqueline?
- Er... Quem é Jaqueline? - eu pergunto.
- Jaqueline, uma que senta ali, escurinha também... - e aponta para meu braço para evidenciar a semelhança. Eu ignoro a sutileza do discurso e digo que não sei quem é. Não se dando por vencida, ela insiste repetindo a descrição, quase indignada - como posso não saber da tal Jaqueline? Afinal, somos "escurinhas". Finalmente, eu solto a pessoa que me habita e respondo:
- Espera, vou ligar para nossa central de escurinhos e saber se a escurinha número 7856-j já saiu de lá.

maio 12, 2009

Dormir e acordar

Wandering through starry skies
And when tomorrow's day arrives
I'll be a morning closer to the

Brightest Hour here with you


One step closer, getting brighter
One step closer, getting brighter


Wandering through starry skies
And when tomorrow's day arrives

I'll be a morning closer to the

Brightest Hour, here with you





(Brightest hour - The Submarines)


A vida é aqui, lá fora é a espera. Precisamos mesmo sair?

maio 11, 2009

People do change.

Eu, ex-condenadora das comédias românticas, ex-destestadora do clichê do romance, ex-excomungadora dos buquês de rosa, ex-enojada por apelidinhos de casal, ex-contestadora do casamento, ex-pessoa com ojeriza a futebol, agora presente-indivídua-que-anda-nas-nuvens-escolhendo-com-ele-o-anel-de-noivado.

Não digo mais nada.

maio 05, 2009

Dima e a cabeleireira

Yul Brynner (outro russo careca) -
Dima Karamazov no filme

Eis que no processo de renovação do visto brasileiro, Dima resolveu ir cortar o cabelo para tirar uma foto nova para a documentação solicitada pelo consulado. Não precisava, mas ele detesta o fato de ter cabelos cacheados, logo os mantém bem curtos para evitar qualquer ondulação. Tudo bem que é raro um russo ter cachos, mas quando pequeno, sem poder escolher o corte atual, ele parecia a versão russa do Le petit prince. Voltando ao assunto, acordou cedo no sábado e foi cortar o cabelo. Caiu nas mãos dessa senhora, gringa, proveniente de algum lugar do leste europeu, segundo ele. A mulher tinha mesmo um sotaque estranho e inspirada na Sinéad O'Connor (lembra dela?) deu-lhe um corte de cabelo que tira "cabelo" da história.
Mais tarde, ele volta para casa indignado. Claro, penso eu, essa mulher se empolgou com a máquina e quase o deixa careca. Então ele explica que está irritado porque ao ver o nome dele na hora do pagamento, a mulher começou um interrogatório sem fim sobre o ballet Bolshoi, sobre irmãos karamazov, o filme (que é da década de 50) e mais um monte de perguntas lugar-comum que ele nem entendeu.

-Então porque ela viu um nome russo, eu tenho que saber a programação do Bolshoi? Por acaso eu tenho cara de quem faz ballet?

E quanto ao cabelo, ele adorou: "3 meses sem cortar e sem precisar de pente!"

Vai entender...

maio 02, 2009

Mentiras que conto para mim

Eu também adoro o Twitter, acho muito interessante ler todas as besteiras que as pessoas escrevem e o fato de levarem mesmo a sério a pergunta do site: "O que você está fazendo agora?" Mais interessante ainda são as bobagens que escrevo e que demonstram de uma forma quase que caricata a minha falta de assunto com pessoas em geral, quando na verdade eu tenho vontade de escrever linhas do tipo "coçando a banda esquerda da minha bunda", "limpando o ouvido com um cotonete rosa" "checando se já preciso depilar as axilas de novo", algo assim, só por diversão. Eu gosto muito de jogar conversa fora também, não me desgasto quando tenho que puxar conversa por convenção, não acho a maior parte das pessoas com quem tenho que falar durante o dia chatas demais, adoro saidinhas pós-trabalho para falar de trabalho com colegas de trabalho, Et coetera, whatever, fim.

maio 01, 2009

abril 28, 2009

Né?

Eu só queria oficializar o fato de que só posto quando tenho algo mais importante para fazer. Exclusivamente.
Agora que tenho que engolir um livro para a prova de amanhã, eu resolvi usar do pouco tempo que tenho e escrever isso.
Um ano mais velha, nenhum ano mais responsável...

abril 06, 2009

Faxina

Arrumando a casa. O pois (leia: poá) já cansou. Eu volto em breve. Eu acho.

The slowest of the slow blogs.

março 30, 2009

Estudante de Psicologia


Há uns dois anos atrás, a vida se renovou, ganhou cores, tons, mais música e eu, vítima da mudança, ganhei mais coragem para ousar, mudar, aprendi aquele famigerado ato de dizer não, e melhor, aprendi a dizer sim também. O desejo de fazer psicologia há tantos anos enterrado, ressurgiu. Quando entrei na faculdade pela primeira vez, eu tinha 17 anos e não fazia idéia do que eu estava fazendo lá. Resultado: Curso errado, carreira errada, tudo errado! Simplesmente porque eu queria mostrar à minha família que quando eu começava, ia até o fim. Pura tolice. Irônico saber que eu que sempre impliquei tanto com o senso-comum, fui tão manipulada pelo mesmo. Claro que todos nós somos, mas limites podem ser impostos.
Estranho como minha insatisfação com meu trabalho cresceu exponencialmente, de uma forma assustadora. Em um primeiro momento, achei que era relacionado ao local ou ao salário, mas depois de refletir, cheguei à conclusão que meu tesão por ensinar morreu, foi sepultado e não volta mais. As burocracias relacionadas ao ensino se tornaram insuportáveis para mim.
Resolvi ser o que sempre quis e nunca fiz para agradar outrem. Acho tudo isso muito belo, mas eu ter decidido começar antes de terminar minha pós, é loucura. Nove entre dez pessoas me perguntam: “Será que você agüenta (aqui não tem reforma ortográfica, não!) trabalhar, fazer pós e faculdade ao mesmo tempo?” Eu me pergunto: “Será que você agüenta surtar fazendo monografia, tendo provas e participando de conselhos de classe?”
Eu penso bem e acho que não vou agüentar de felicidade quando terminar minha graduação fora do país e trabalhar no que eu amo, ganhar melhor, viver melhor, viver com quem amo em um lugar muito mais cheio de possibilidades... Por isso vale à pena aturar qualquer coisa. Demorei 30 anos (lesma), mas finalmente sei o que quero.


Balanço mensal:


Livros de Psicologia para o semestre: R$ 400
Optar por faculdade particular: R$ 780
Ser uma das tiazonas da turma: não tem preço.

março 20, 2009

There There


É claro que estarei lá. Não porque está na moda, mas porque eu esperei por isso por 15 anos. Lá em 1994, a versão aborrecente de mim entrou em uma loja e comprou Pablo Honey. Amor fiel e eterno desde então, mesmo com os amigos criticando. Engraçado ver que quem sempre me criticou também vai ao show.

Já para mim, esse show tem todo um significado que transcende modinhas, maneirismos, fads e afins. Foi por causa do mesmo Radiohead que assumiu o posto de banda preferida desde a aborrecência, que conheci meu namorado há quase dois anos atrás, ou talvez tenha sido o que o encorajou, em sua timidez, a falar comigo. Eu escrevi toda essa lengalenga só para afirmar que chorarei hoje como todas aquelas menininhas fanáticas - que cena!
Mas eu tenho motivos, não tenho?


fevereiro 24, 2009

Carnaval é a contração do meu ovário esquerdo


Hoje é oficialmente o último dia dessa palhaçada baseada na celebração trazida pelos portugueses, o entrudo, para celebrar num primeiro momento, a vinda da família real, ou seja, estão todos festejando até hoje a nossa condição de colônia explorada e escravizada - condição presente, uma vez que o que somos é reflexo de tudo isso - cada um no seu quadrado, tomando no redondo até hoje e comemorando. Vergonha alheia, viu? E eu nem falei de todo o resto, como por exemplo a baixaria que já conhecemos e que ajudou a botar nosso país no mapa, né? Principalmente no da prostituição!! Mais um motivo digno de comemoração, certo? Eu nem vou falar das escolas de samba...

Dis-f***ing-gusting.

fevereiro 21, 2009

Seu Creysson legacy

Já notou a quantidade de pessoas colocando a seguinte legenda em suas fotos:

"Simplismente sem palavras."

Detalhe para o simplismente que vem de simplis, é claro. A pior parte: é uma epidemia que já se alastrou pelo país afora.
E a frase em si, o que significa? Se não tem palavras, para que diabos escrever a legenda, né?

Eu tenho muito medo do Orkut. Simplesmente apavorante.

fevereiro 17, 2009

Eu, Dima e Fifi

Eu já devo ter mencionado em algum momento que meu namorado é russo. Ou não. Enfim, o fato é que ele é. Morou na Rússia até 16 anos de idade e por isso, é bacana identificar a diversidade cultural, a diferença de hábitos e coisas assim. Aprender um pouco da língua e da cultura é inevitável e divertido também. Só comecei assim, porque eu queria falar sobre um dos meus bloqueios.
Pois bem, eu nunca conseguia ler Dostoiévski porque eu achava cansativa demais a variedade de nomes e apelidos de seus personagens. O resultado é que eu sempre pensava estar lendo a respeito de uns 16 indivíduos, quando na verdade só existiam 8. Eu nunca engoli minha má vontade com o autor.
Então conheci meu namorado, que inclusive NÃO gosta do famigerado Fiodor. Um cara chato de escrita pretensiosa e exageradamente prolixa, disse ele. Depois de um ano e lá vai fumaça (que termo mais cafona: AMO!) de namoro, dá pra afirmar que comecei a pegar os processos da língua russa (muito mais parecida com português do que você pensa), entender a lógica do idioma, me acostumar com o fato de que apelido de homem muitas vezes termina com "A" - como meu namorado, por exemplo, que é chamado de Dima e eis que compro um livro. Adivinha de quem? Fiódor Dostoiévski (grafia que segundo minha outra metade está muito errada mesmo).
Ontem ao voltar para casa, anunciei:

- Estou lendo Fifi. Finalmente!

- Quem? Dostoiévski?

- É!

- Fifi? - claro que ele está morrendo de rir (Não sei de que, já que Fedya soa muito mais esquisito, tá bom?).

- Estou gostando, um cara engraçado esse Fifi, cheio de firulas para escrever e não entregar a parte boa antes da hora.

Mudança radical efetuada. Recomendo muito Irmãos Karamazov, o livro de Fifi que estou lendo agora. É possível achar publicações baratas com ótimas traduções diretamente do original.

fevereiro 06, 2009

Tick Tack - relógio biológico?


Ansiedade e pânico. Entro e fecho a porta, mal posso esperar para abrir a caixinha. Leio. Uma linha, tudo ok. Duas linhas: PAVOR, serei mãe. Hesito um pouco me perguntando como fazer uso do mini copinho. Patético, penso. Desfaço do método, mas o obedeço. Pouso o copinho em cima da pia, mergulho parte do bastão. Basta esperar 10 segundos. Olho para o bastão absorvendo o líquido fixamente. Uma linha já apareceu. Caramba, só tem dois segundos. Nunca mais vou dormir, vou ter que me mudar de país agora, mamadeiras, chupetas, carrinho de bebê, roupinhas coloridas, mini pessoa chorando, será que vai parecer com ele? Comigo? Conosco? Mini mãozinha segurando meus dedos, cheiro de bebê, fraldas e mais fraldas, creche, escola, mas como não fez o dever? Vai estudar! Vem ter aulas de português, vou contar pro seu pai, arruma sua cama, para de comer porcaria, não mexe aí, não-sei-quem-te-ligou 100 vezes, vai viajar com quem? Dez segundos. Uma linha só. Alívio. Nada mudará. Que ótimo! Digo, que bom. Quer dizer, OK...

Jogo fora os restos da possibilidade que eu achava que não queria.

Saio. Fecho a porta.

Vazio.