maio 22, 2009

A raça é: HUMANA

Fim de aula e eu estou parada junto à porta esperando uma amiga. De repente uma de minhas so-called colegas de classe se aproxima e pergunta:

- Você viu a Jaqueline?
- Er... Quem é Jaqueline? - eu pergunto.
- Jaqueline, uma que senta ali, escurinha também... - e aponta para meu braço para evidenciar a semelhança. Eu ignoro a sutileza do discurso e digo que não sei quem é. Não se dando por vencida, ela insiste repetindo a descrição, quase indignada - como posso não saber da tal Jaqueline? Afinal, somos "escurinhas". Finalmente, eu solto a pessoa que me habita e respondo:
- Espera, vou ligar para nossa central de escurinhos e saber se a escurinha número 7856-j já saiu de lá.

maio 12, 2009

Dormir e acordar

Wandering through starry skies
And when tomorrow's day arrives
I'll be a morning closer to the

Brightest Hour here with you


One step closer, getting brighter
One step closer, getting brighter


Wandering through starry skies
And when tomorrow's day arrives

I'll be a morning closer to the

Brightest Hour, here with you





(Brightest hour - The Submarines)


A vida é aqui, lá fora é a espera. Precisamos mesmo sair?

maio 11, 2009

People do change.

Eu, ex-condenadora das comédias românticas, ex-destestadora do clichê do romance, ex-excomungadora dos buquês de rosa, ex-enojada por apelidinhos de casal, ex-contestadora do casamento, ex-pessoa com ojeriza a futebol, agora presente-indivídua-que-anda-nas-nuvens-escolhendo-com-ele-o-anel-de-noivado.

Não digo mais nada.

maio 05, 2009

Dima e a cabeleireira

Yul Brynner (outro russo careca) -
Dima Karamazov no filme

Eis que no processo de renovação do visto brasileiro, Dima resolveu ir cortar o cabelo para tirar uma foto nova para a documentação solicitada pelo consulado. Não precisava, mas ele detesta o fato de ter cabelos cacheados, logo os mantém bem curtos para evitar qualquer ondulação. Tudo bem que é raro um russo ter cachos, mas quando pequeno, sem poder escolher o corte atual, ele parecia a versão russa do Le petit prince. Voltando ao assunto, acordou cedo no sábado e foi cortar o cabelo. Caiu nas mãos dessa senhora, gringa, proveniente de algum lugar do leste europeu, segundo ele. A mulher tinha mesmo um sotaque estranho e inspirada na Sinéad O'Connor (lembra dela?) deu-lhe um corte de cabelo que tira "cabelo" da história.
Mais tarde, ele volta para casa indignado. Claro, penso eu, essa mulher se empolgou com a máquina e quase o deixa careca. Então ele explica que está irritado porque ao ver o nome dele na hora do pagamento, a mulher começou um interrogatório sem fim sobre o ballet Bolshoi, sobre irmãos karamazov, o filme (que é da década de 50) e mais um monte de perguntas lugar-comum que ele nem entendeu.

-Então porque ela viu um nome russo, eu tenho que saber a programação do Bolshoi? Por acaso eu tenho cara de quem faz ballet?

E quanto ao cabelo, ele adorou: "3 meses sem cortar e sem precisar de pente!"

Vai entender...

maio 02, 2009

Mentiras que conto para mim

Eu também adoro o Twitter, acho muito interessante ler todas as besteiras que as pessoas escrevem e o fato de levarem mesmo a sério a pergunta do site: "O que você está fazendo agora?" Mais interessante ainda são as bobagens que escrevo e que demonstram de uma forma quase que caricata a minha falta de assunto com pessoas em geral, quando na verdade eu tenho vontade de escrever linhas do tipo "coçando a banda esquerda da minha bunda", "limpando o ouvido com um cotonete rosa" "checando se já preciso depilar as axilas de novo", algo assim, só por diversão. Eu gosto muito de jogar conversa fora também, não me desgasto quando tenho que puxar conversa por convenção, não acho a maior parte das pessoas com quem tenho que falar durante o dia chatas demais, adoro saidinhas pós-trabalho para falar de trabalho com colegas de trabalho, Et coetera, whatever, fim.

maio 01, 2009