março 30, 2009

Estudante de Psicologia


Há uns dois anos atrás, a vida se renovou, ganhou cores, tons, mais música e eu, vítima da mudança, ganhei mais coragem para ousar, mudar, aprendi aquele famigerado ato de dizer não, e melhor, aprendi a dizer sim também. O desejo de fazer psicologia há tantos anos enterrado, ressurgiu. Quando entrei na faculdade pela primeira vez, eu tinha 17 anos e não fazia idéia do que eu estava fazendo lá. Resultado: Curso errado, carreira errada, tudo errado! Simplesmente porque eu queria mostrar à minha família que quando eu começava, ia até o fim. Pura tolice. Irônico saber que eu que sempre impliquei tanto com o senso-comum, fui tão manipulada pelo mesmo. Claro que todos nós somos, mas limites podem ser impostos.
Estranho como minha insatisfação com meu trabalho cresceu exponencialmente, de uma forma assustadora. Em um primeiro momento, achei que era relacionado ao local ou ao salário, mas depois de refletir, cheguei à conclusão que meu tesão por ensinar morreu, foi sepultado e não volta mais. As burocracias relacionadas ao ensino se tornaram insuportáveis para mim.
Resolvi ser o que sempre quis e nunca fiz para agradar outrem. Acho tudo isso muito belo, mas eu ter decidido começar antes de terminar minha pós, é loucura. Nove entre dez pessoas me perguntam: “Será que você agüenta (aqui não tem reforma ortográfica, não!) trabalhar, fazer pós e faculdade ao mesmo tempo?” Eu me pergunto: “Será que você agüenta surtar fazendo monografia, tendo provas e participando de conselhos de classe?”
Eu penso bem e acho que não vou agüentar de felicidade quando terminar minha graduação fora do país e trabalhar no que eu amo, ganhar melhor, viver melhor, viver com quem amo em um lugar muito mais cheio de possibilidades... Por isso vale à pena aturar qualquer coisa. Demorei 30 anos (lesma), mas finalmente sei o que quero.


Balanço mensal:


Livros de Psicologia para o semestre: R$ 400
Optar por faculdade particular: R$ 780
Ser uma das tiazonas da turma: não tem preço.

março 20, 2009

There There


É claro que estarei lá. Não porque está na moda, mas porque eu esperei por isso por 15 anos. Lá em 1994, a versão aborrecente de mim entrou em uma loja e comprou Pablo Honey. Amor fiel e eterno desde então, mesmo com os amigos criticando. Engraçado ver que quem sempre me criticou também vai ao show.

Já para mim, esse show tem todo um significado que transcende modinhas, maneirismos, fads e afins. Foi por causa do mesmo Radiohead que assumiu o posto de banda preferida desde a aborrecência, que conheci meu namorado há quase dois anos atrás, ou talvez tenha sido o que o encorajou, em sua timidez, a falar comigo. Eu escrevi toda essa lengalenga só para afirmar que chorarei hoje como todas aquelas menininhas fanáticas - que cena!
Mas eu tenho motivos, não tenho?